sábado, 17 de setembro de 2011

Histórias de uma mala só por Maurício Rosa

Histórias de uma mala só
(ou turismo cultural no eixo Azenha-Baltazar)*
Dia 13 de setembro de 2011, uma terça-feira, embarquei no ônibus T6 no terminal da Azenha. O coletivo subiu a Protásio, dobrou à esquerda lá no SESC e chegou ao triângulo da Assis Brasil. O trajeto alternou avenidas movimentadas com calmas ruas arborizadas. Surpresa! Ao entrar no corredor novo da Baltazar, ela estava irreconhecivelmente urbanizada e moderna. Depois da Ary Tarragô surgiu a Escola Municipal Presidente Vargas aonde aconteceria o espetáculo infantil Histórias de uma mala só. A equipe do POA EM CENA estava com toda a estrutura de som, luz e colaboradores. A Adriane Azevedo preparava o pessoal que sentava-se nos bancos e pontualmente anunciou o início do espetáculo.
Fiquei impressionado com a atenção e participação da garotada no pátio da escola. Vi meninos e meninas de todas as cores. Mas não tenho certeza se vi crianças verdes...Mas tenho certeza que estavam felizes!
Iniciada a apresentação, elas imediatamente entenderam a mecânica do espetáculo e embarcaram na viagem...Cantavam as músicas que eram interpretadas ao vivo com competência. Entendiam com os olhinhos brilhantes o universo imaginário proposto por Elisa Lucas, que é a dramaturga, produtora e atriz do espetáculo. A reação da festiva plateia comprovou o acerto da direção e o talento generoso da protagonista.
A atriz usou com energia e sensibilidade gestos largos apropriados para o grande pátio interno da escola onde aconteceu a encenação. Elisa conduziu com inteligência os pequenos espectadores pelos caminhos estruturais da sua obra, facilitando que eles entendessem as histórias dentro da história que contava. Os vários personagens e seus mundos que surgiam de sua mala encantada despertavam reações de surpresa e deleite. Segurou a atenção com seu olhar expressivo, forte. Iluminou os significados e mostrou o enredo com sua voz clara, modulada e sutilmente didática.
As crianças, e os adultos, saíram satisfeitos por participar da celebração.
Voltando à Avenida Baltazar optei por ir ao centro de lotação. Ar condicionado e música não fariam mal a ninguém...
* Maurício Rosa é iluminador

Um comentário:

Rodrigo Monteiro disse...

Há horas quero ver esse espetáculo!Esse espaço de críticas no blog deixa a gente com gostinho! :-)